quarta-feira, 6 de março de 2013

Notícia relacionada a Entamoeba histolytica

"O Estado do Pará colabora com Israel para criar antídoto contra parasita"
ALEXANDRA CAVALCANTI


Da Redação

Em um período de cerca de dois anos, o mundo pode ter acesso à primeira vacina contra amebíase humana. A boa notícia é que o Estado do Pará é parte integrante dessa pesquisa, coordenada pelo Weizmann Institute, de Israel. Para se ter uma ideia da importância da vacina, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), 50 milhões de novas infecções da doença são registradas por ano, em todo o mundo. Entre os paraenses, dados do Núcleo de Medicina Tropical (NUMT) da Universidade Federal do Pará (UFPA) indicam que cerca de 29% da população hospeda o parasita.

"É problema muito comum, mas ainda muito negligenciado. É o segundo parasita que mais mata no mundo, fica atrás apenas da malária. São cerca de 100 mil mortes por ano", afirma Evander Batista, pesquisador e professor de Parasitologia do Núcleo de Medicina Tropical da Universidade Federal do Pará (UFPA). Ele ressalta que a amebíase ocorre especialmente nas regiões onde as condições de saneamento básico são precárias. Uma das formas de contaminação se dá pela ingestão de seus cistos. Estes, liberados nas fezes da pessoa adoecida, podem se espalhar na água e vegetais que, sem a devida higienização antes de serem ingeridos, podem causar a doença.

Para diagnóstico são necessários exames de fezes e, em casos mais graves, de imagem e de sangue. Para tratamento é feito o uso de medicamentos, prescritos pelo médico. "Para se tratar essa doença é necessário o uso de drogas fortes, que, apesar de produzidas em países como os Estados Unidos, têm o uso proibido nessas nações", ressalta o professor. 





Fonte: Jornal O Liberal, Belém 05 de Agosto de 2012.

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