domingo, 17 de março de 2013

Notícia relacionada a Tricomoníase

Decifrado genoma do parasita da tricomoníase vaginal

11 de janeiro de 2007 • 13h11 • atualizado às 19h25
Uma equipe internacional de cientistas decifrou o genoma do parasita da tricomoníase vaginal, uma descoberta que permitirá melhorar o diagnóstico e o tratamento da doença. O estudo foi publicado nesta quinta-feira pela revista Science.
Uma equipe liderada pela doutora Jane Carlton, professora do Departamento de Parasitologia Médica da Escola de Medicina da Universidade de Nova York, demorou quatro anos para decifrar o genoma do parasita unicelular. "Trata-se de um microorganismo terrível", afirmou Carlton.
O genoma tem aproximadamente 26 mil genes confirmados, e pode ter outros 34 mil, o que torna o parasita um dos microorganismos com maior quantidade de genes. "O genoma é muito maior do que esperávamos, umas dez vezes maior", disse Carlton.
O parasita se prende às paredes vaginais e se projeta em redes por todo o tecido. Também segrega proteínas que destroem as paredes do epitélio (tipo de tecido superficial com funções secretoras, sensoriais e de absorção). As mulheres infectadas com o parasita sofrem coceira vaginal e dores durante a urinação e as relações sexuais. 
HIV
A tricomoníase vaginal, uma doença sexualmente transmissível (DST), também aumenta a suscetibilidade à infecção do HIV, vírus de imunodeficiência humana, que causa a aids. Nos homens, os sintomas da tricomoníase são mais suaves e manifestam-se como ardência ou em infecções como a uretrite e a prostatite.
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a doença é um problema de saúde em todo o planeta e afeta cerca de 170 milhões de pessoas. Esses números fazem com que seja "assombroso que a doença não receba a atenção que merece", afirmou Carlton. Segundo os cientistas, o genoma tem genes e proteínas que não se encontram nos seres humanos, o que constitui uma informação valiosa para o desenvolvimento de novos remédios. Por outro lado, uma de suas enzimas, a peptidase, é similar à do HIV, e já existem remédios anti-retrovirais que poderiam ser utilizados para combatê-las, afirmou Carlton.
O projeto para decifrar o genoma do trichomonas vaginalis começou em 2002 e teve a participação de cientistas de dez países, incluindo do Departamento de Parasitologia Médica da Escola de Medicina da Universidade de Nova York e do Instituto de Pesquisas Genômicas de Maryland. A pesquisa foi financiada pelo Instituto Nacional de Alergias e Doenças Infecciosas dos Institutos Nacionais da Saúde, um organismo do governo americano

Fonte: Terra http://noticias.terra.com.br/ciencia/interna/0,,OI1342410-EI296,00.html

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