Notícia relacionada a Tricomoníase
Decifrado genoma do parasita da tricomoníase vaginal
11 de janeiro de 2007 • 13h11 • atualizado às 19h25
Uma equipe internacional de cientistas decifrou o genoma do parasita da
tricomoníase vaginal, uma descoberta que permitirá melhorar o
diagnóstico e o tratamento da doença. O estudo foi publicado nesta
quinta-feira pela revista Science.
Uma equipe liderada pela doutora Jane Carlton, professora do
Departamento de Parasitologia Médica da Escola de Medicina da
Universidade de Nova York, demorou quatro anos para decifrar o genoma do
parasita unicelular.
"Trata-se de um microorganismo terrível", afirmou Carlton.
O genoma tem aproximadamente 26 mil genes confirmados, e pode ter outros
34 mil, o que torna o parasita um dos microorganismos com maior
quantidade de genes. "O genoma é muito maior do que esperávamos, umas
dez vezes maior", disse Carlton.
O parasita se prende às paredes vaginais e se projeta em redes por todo o
tecido. Também segrega proteínas que destroem as paredes do epitélio
(tipo de tecido superficial com funções secretoras, sensoriais e de
absorção). As mulheres infectadas com o parasita sofrem coceira vaginal e
dores durante a urinação e as relações sexuais.
HIV
A tricomoníase vaginal, uma doença sexualmente transmissível (DST), também aumenta a suscetibilidade à infecção do HIV, vírus de imunodeficiência humana, que causa a aids. Nos homens, os sintomas da tricomoníase são mais suaves e manifestam-se como ardência ou em infecções como a uretrite e a prostatite.
A tricomoníase vaginal, uma doença sexualmente transmissível (DST), também aumenta a suscetibilidade à infecção do HIV, vírus de imunodeficiência humana, que causa a aids. Nos homens, os sintomas da tricomoníase são mais suaves e manifestam-se como ardência ou em infecções como a uretrite e a prostatite.
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a doença é um problema de
saúde em todo o planeta e afeta cerca de 170 milhões de pessoas. Esses
números fazem com que seja "assombroso que a doença não receba a atenção
que merece", afirmou Carlton. Segundo os cientistas, o genoma tem genes
e proteínas que não se encontram nos seres humanos, o que constitui uma
informação valiosa para o desenvolvimento de novos remédios. Por outro
lado, uma de suas enzimas, a peptidase, é similar à do HIV, e já existem
remédios anti-retrovirais que poderiam ser utilizados para combatê-las,
afirmou Carlton.
O projeto para decifrar o genoma do trichomonas vaginalis começou
em 2002 e teve a participação de cientistas de dez países, incluindo do
Departamento de Parasitologia Médica da Escola de Medicina da
Universidade de Nova York e do Instituto de Pesquisas Genômicas de
Maryland. A pesquisa foi financiada pelo Instituto Nacional de Alergias e
Doenças Infecciosas dos Institutos Nacionais da Saúde, um organismo do
governo americano
Fonte: Terra http://noticias.terra.com.br/ciencia/interna/0,,OI1342410-EI296,00.html
Fonte: Terra http://noticias.terra.com.br/ciencia/interna/0,,OI1342410-EI296,00.html
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