Notícia relacionada a Entamoeba histolytica
"O Estado do Pará colabora com Israel para criar antídoto contra parasita"
ALEXANDRA CAVALCANTI
Da Redação
Em
um período de cerca de dois anos, o mundo pode ter acesso à primeira
vacina contra amebíase humana. A boa notícia é que o Estado do Pará é
parte integrante dessa pesquisa, coordenada pelo Weizmann Institute, de
Israel. Para se ter uma ideia da importância da vacina, segundo a
Organização Mundial de Saúde (OMS), 50 milhões de novas infecções da
doença são registradas por ano, em todo o mundo. Entre os paraenses,
dados do Núcleo de Medicina Tropical (NUMT) da Universidade Federal do
Pará (UFPA) indicam que cerca de 29% da população hospeda o parasita.
"É
problema muito comum, mas ainda muito negligenciado. É o segundo
parasita que mais mata no mundo, fica atrás apenas da malária. São cerca
de 100 mil mortes por ano", afirma Evander Batista, pesquisador e
professor de Parasitologia do Núcleo de Medicina Tropical da
Universidade Federal do Pará (UFPA). Ele ressalta que a amebíase ocorre
especialmente nas regiões onde as condições de saneamento básico são
precárias. Uma das formas de contaminação se dá pela ingestão de seus
cistos. Estes, liberados nas fezes da pessoa adoecida, podem se espalhar
na água e vegetais que, sem a devida higienização antes de serem
ingeridos, podem causar a doença.
Para
diagnóstico são necessários exames de fezes e, em casos mais graves, de
imagem e de sangue. Para tratamento é feito o uso de medicamentos,
prescritos pelo médico. "Para se tratar essa doença é necessário o uso
de drogas fortes, que, apesar de produzidas em países como os Estados
Unidos, têm o uso proibido nessas nações", ressalta o professor.
Fonte: Jornal O Liberal, Belém 05 de Agosto de 2012.
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